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Praia das Pedras Amarelas

A Praia das Pedras Amarelas, localizada em Canidelo, Vila Nova de Gaia, é muito popular pela tonalidade das suas rochas amarelecidas devido ao iodo.

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A praia das pedras amarelas é essencialmente formada por rochas metamórficas, maioritariamente gnaisses leucocratas, rochas foliadas, resultantes da deformação de granitos que foram sujeitos a um metamorfismo de elevado grau.

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Granitos

A característica mais visível deste geossítio é o seu granito, rocha magmática plutónica, formada há cerca de 300 milhões de anos através da consolidação de um magma rico em sílica. O processo de arrefecimento deste magma foi lento, podendo ter demorado milhões de anos, o que promoveu um maior desenvolvimento de cristais, atribuindo a estes granitos uma textura fanerítica ou granular uma vez que é possível observar os seus minerais com clareza a olho nu

Devido aos movimentos da crosta terrestre bem como à ação de meteorização e erosão do solo, deu-se o afloramento destes granitos ricos em minerais.

Este afloramento estende-se desde o cabedelo para sul onde contacta com os gnaisses da praia das Pedras Amarelas.

Estes granitos instalaram-se ao longo de uma falha de desligamento presente no local, a falha Porto-Tomar.

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O granito deste geossítio é uma rocha holocristalina e rica em minerais félsicos como feldspatos alcalinos (ortoclases), feldspatos da série das plagioclases, moscovite e quartzo, associados à consolidação de um magma rico em sílica

 Em todo este conjunto de minerais é possível destacar grandes cristais de feldspato, que formam uma estrutura porfiroide, ou seja, facilmente é visível uma diferença entre os tamanhos dos cristais que constituem este granito.

  

A areia presente na praia de lavadores é maioritariamente areia granítica, areia na qual a maior parte dos sedimentos que a constituem têm origem nos granitos presentes no local após estes passarem por processos de meteorização e erosão.

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Encraves ou Xenólitos

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Nestes granitos podemos ainda encontrar encraves de coloração escura, encraves biotíticos com forma arredondada. Alguns destes encraves consistem em fragmentos de rochas, que ficaram incluídos numa outra rocha que se formou posteriormente, ou seja o encrave biotítico, rocha incluída, é sempre mais antigo que a sua rocha encaixante (princípio da inclusão) .

 

Outros encraves, e os mais abundantes, provém de um magma básico, que contactou o magma ácido que deu origem destes granitos, quando este estava parcialmente cristalizado. Esta intrusão deu-se quando o magma ácido ainda estava em ascensão e o facto da intrusão de magma pobre em sílica ter-se desintegrado, facilitou o contacto entre os magmas sem estes se misturarem. 

Podem tanto ser encontrados isolados como em grupos que se denominam enxames de encraves.

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