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Biodiversidade do geossítio de lavadores e reserva natural do estuário do Douro

Fauna da reserva do estuário do Douro

Larus melanocephalus

A reserva natural do estuário do Douro é um ecossistema diversificado e rico em espécies tanto animais como vegetais, uma vez que o rio Douro transporta elevadas quantidades de nutrientes que se acumulam no seu estuário. Ao longo deste Geossítio é suscetível a observação de centenas de aves marinhas, em 2016 já haviam sido registadas 225 espécies de aves, sendo mais comum a observação de gaivotas, como  a Gaivota-de-asa-escura

(Larus fuscus), a Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e a Gaivota-de-cabeça-preta (Larus melanocephalus).               

Também conseguimos encontrar diversas aves limícolas, como a rola-do-mar (Arenaria interpres) e o pilrito-das-praias (Calidris alba)

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O borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) é uma ave que usa esta zona para construir os ninhos, sendo a única espécie limícola que faz os ninhas na zona costeira, em espaços abertos, camuflados pela vegetação dunar. 

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Larus fuscus

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No Estuário do Douro, existe uma grande diversidade de insetos Artrópodes, como a Vespa-escavadora, o Abelhão-cardador, o Escaravelho-cárabo-picotado e Formigas-do-pão que hibernam debaixo das areias do estuário. Este tipo de insetos deve ser mais valorizado e segundo os panfletos distribuídos aos alunos na  reserva do estuário do Douro relativa a estes insetos

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ser diferente não é ser repelente.

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Colias croceus

Podem  também ser avistadas uma ampla variedade de borboletas de diferentes cores, algumas delas são: a Maravilha (Colias croceus), a Vanessa-dos-cardos (Vanessa cardui) e a Acobreada (Lycaena phlaeas). Anfíbios como os Sapos-comuns (Bufo spinosus) fazem parte do conjunto de espécies aqui presentes.

O Sardão-ocelado e o Lagarto-de-água são duas espécies de répteis que fazem parte do ecossistema do estuário.

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Lycaena phlaeas

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Durante a visita de campo, foram  encontradas, na praia de Lavadores, por alguns alunos, pequenas e frágeis ossadas muito provavelmente das aves marinhas que tem esta praia como habitat. Estas ossadas podem ter sido transportadas pelo mar ou pelo vento até às rochas  onde foram encontradas.

Flora do estuário do Douro

Para além da fauna, a reserva natural do estuário do Douro apresenta uma enorme diversidade de  vegetação.

As plantas neste tipo de ecossistema sofreram adaptações que possibilitaram o seu desenvolvimento e a sua sobrevivência a condições como a alta salinidade, a radiação solar, variação da temperatura, o excesso de luminosidade e a escassez de água como a Cakile maritima.

Para tal, as plantas enrolam as suas folhas afim de minimizar a superfície de evaporação, desenvolvem raízes profundas e como no caso do Otanthus maritimus, revestem-se por um denso tomento (lanugem que cobre ou reveste certos órgãos vegetais).

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O Cardo-marítimo (Eryngium maritimum), é outra planta autóctone e muito frequente neste no estuário.  

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Na vegetação dunar salienta-se ainda, o botão-azul-das-dunas (Centaurea sphaerocephala ssp. polyacantha), planta nativa de Portugal continental.

Centaurea sphaerocephala L. ssp. polyacantha (Willd.) Dostál  IMG_1124.JPG

Centaurea sphaerocephal
a ssp. polyacantha

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Cakile maritima

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Principal planta invasora deste ecossistema:

 

O chorão-das-praias (Carpobrotus edulis) é a espécie vegetal mais abundante ao longo da praia de lavadores, cobrindo uma extensa área de dunas.

Esta planta multiplica-se descontroladamente competindo por nutrientes, luz solar e espaço, impossibilitando o desenvolvimento da fauna local, o que causa uma perda da biodiversidade local.

 

O chorão das praias, espécie exótica e invasora, é originário da África do sul e foi introduzida nos ecossistemas da europa para fins ornamentais.

Carpobrotus edulis

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